Campanha para abrir dez poços de água e construir 10 fontanários em Tabancas do interior
Em Fevereiro de 2008, tive a felicidade de viver um momento de grande valia para o desenvolvimento social e económico da Guiné-Bissau, quando participei conjuntamente com outros camaradas na inauguração do Fontanário de Cabedú.
Um gerador de energia solar, uma electrobomba alimentada por este, um depósito em plástico, um tubo e uma torneira. Processo simples e económico, que possibilitou àquela povoação, a água potável tão necessária ao seu bem-estar de saúde e higiene e ao mesmo tempo, água para regar os vegetais das suas hortas. Tinham-se passado cerca de trinta e cinco anos, após a retirada dos soldados portugueses e desde então, nunca mais tiveram água potável. Aproveitaram a nossa passagem por lá, para inaugurar a sua fonte. Que sorte a nossa! A alegria daquela comunidade foi indescritível, bem expressa nos seus cantares e danças típicas com que nos brindaram.
Tinham água, tinham terra, mas faltavam-lhe as sementes. O Zé Carioca e eu ficamos sensibilizados pelas palavras da mulher grande que animava a festa ao dirigir-se ao Pepito:
Pepito, estamos muito contentes, porque já temos água, mas precisamos de sementes; Simenti di tomato, di cibola, alface, fisan … …
O Zé de imediato lançou uma campanha que eu secundei no Porto. O Pepito veio de férias e levou as sementes que o Zé carioca lhe entregou.
O resultado está bem expresso nas fotos que o Carlos Silva tirou no ano seguinte, ao voltar à Guiné em missão humanitária.
Esta Campanha não pode morrer.
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