domingo, 28 de fevereiro de 2010

P358-As Crónicas do Zé Rodrigues

Mais uma excelente crónica do Zé Rodrigues que periodicamente nos delicia com estes textos simples mas muito cativantes.
Apreciem:



“Istórias” da História da Guerra Colonial – Guiné-Bissau
“CONVERSAS À MESA COM CAMARADAS AUSENTES”
6 - As férias na Metrópole e o regresso ao Xitole
Ainda no Aeroporto de Pedras Rubras, tudo se conjugava para viver momentos inesquecíveis. Ficara para trás a incerteza da Guiné, a experiência de voo em aviões “Caravelle” a jacto, e era a presença da família, da namorada e de amigos da juventude. Pela recepção e pelo carinho e emoção com que me rodearam, já sentia o quanto valeu a pena ter vindo de férias. Todos queriam saber de mim e da guerra. Para eles, essa coisa que, estando tão longe e por vezes tão perto, representava sempre risco de perderem alguém. Já no aconchego da nossa casa, o meu Pai mostrava alguma compreensão pelas minhas escolhas na vida e era o mais interessado nos pormenores da guerra, especialmente naqueles com leitura política. Como actuava o PAIGC? Que forças tinham? Que áreas controlavam? E como é o teu dia a dia? A minha Mãe, como todas as Mães do mundo, abraçava-me a toda a hora, como quem precisa de sentir para acreditar que o filho estava ali. O rosto da minha namorada espelhava a felicidade de me ter a seu lado. A minha velhinha avó paterna, que me criou até aos cinco anos e que nutria por mim uma afeição especial por eu ser o seu primeiro neto, achava que estava muito magrinho e insistia para que me alimentasse melhor.
Eram tempos de partilha com a família e do regular convívio de café com os amigos, alguns deles com a possibilidade de virem a “bater com as costas” na guerra de África. As motivações que me impeliram para vir de férias faziam todo o sentido. Tinha agora uma relação mais afectuosa com o meu Pai, transmiti à minha namorada a confiança de que os nossos sentimentos eram o futuro e estava recuperado do enorme desgaste físico em que me encontrava. Mas o tempo voa, especialmente nestas circunstâncias e, quase sem se dar por isso, a data do regressar à Guiné estava aí.
No dia do regresso, a família e a namorada acompanharam-me ao aeroporto. Enquanto se aguardava a hora das despedidas, o meu Pai pediu-me que, no regresso definitivo a casa, lhe trouxesse duas garrafas de vodka para oferecer a amigos. Percebi a motivação do pedido e garanti-lhe que seria satisfeito.
Algo afastados do local em que me encontrava com a família notei a presença de um grupo de pessoas que incluía algumas minhas conhecidas, todas de luto, e com semblantes de dor. Dirigi-me para junto dessas pessoas, cumprimentei as que conhecia, e indaguei dos motivos do luto e da presença no aeroporto. Foi como se tivesse levado um coice no peito. Fomos Amigos de escola, Colegas na equipa de Natação do Leixões, Companheiros da Vida e Tu, logo Tu, havias de tombar em combate na Guiné.
A família a namorada e amigos estavam ali à espera da urna para lhe fazerem o funeral. Partilhei com eles alguns momentos de pesar e dor. Quando os informei de que estava ali para regressar á Guiné, ficaram pesarosos e desejaram-me a maior sorte do Mundo. O tempo que restava não me permitiu assistir á chegada da urna do meu Amigo.
Evitei que a minha família percebesse o motivo porque me tinha afastado.
Posteriormente, viria a saber que o meu Companheiro e Amigo que servia nas tropas paraquedistas, havia tombado na zona de Galomaro, numa emboscada junto de uma fonte.
Era o regresso marcado pelas sombras da guerra.
Mas valeu a pena ter vindo de férias. Estava grato pelo carinho de todos e fiquei rendido aquelas lágrimas rebeldes que vi saírem dos olhos do meu Pai, no momento do abraço de despedida. Sim, eu sei que valeu a pena.
Tal como a viagem de barco, a viagem de avião de regresso à Guiné faria escala em Cabo Verde, desta vez na Ilha do Sal. Fizemos uma paragem de cerca de uma hora e, por aquilo que pude ver, a ilha era muito árida e pouco povoada.
Desci em Bissau no início de Junho e já chovia. À boleia, numa viatura militar, fui de Bissalanca até ao Depósito de Adidos em Brá.
Aqui, fiquei aguardar transporte para o Xitole. Instalado, apressei-me a ir cumprimentar o Sargento Enfermeiro que me havia tratado quando cheguei à Guiné, pela primeira vez. Já não me conhecia, era normal, tanta gente lhe havia passado pelas mãos mas, devia-lhe a gratidão pelo seu cuidado e disso dei testemunho do meu agradecimento.
Este tempo de espera permitiu-me “saborear” Bissau, os seus recantos e encantos, mistérios e até perigos. Pude desta feita, conhecer os locais mais frequentados pela tropa “macaca”. Quantos de nós terão resistido á tentação de se aventurar pelo “Pilão” e sentir aquela atmosfera de provocação, aquela mistura de desafio, “pecado” e até magia que nos envolvia. Eram as mulheres mais lindas, sobretudo as de origem caboverdiana, o motivo maior da nossa atenção.
Falava-se de que, por estas bandas, aconteceriam rixas bravas entre as tropas especiais, cada qual, numa demonstração da superioridade das suas “boinas”. Eram os tempos de se “pisar o risco” e de se dar livre escape à irreverência da juventude.
Era a quase obrigação de se ir ai ao UDIB dar um mergulho na piscina, ver-se um filme e depois irem alguns, os poucos que gostavam, comerem-se umas ostras ali para os lados do cais.
E o ponto de encontro, camaradas?
Lembram-se do imperdível Café Bento?
Haverá porventura alguém que tenha passado por Bissau, especialmente da classe das praças, que não conheça o Café Bento?
Era o nosso ponto de encontro, camaradas. Ali se encontravam os amigos, os amigos dos amigos, os conhecidos dos amigos e até, pasme-se, os desconhecidos. Em pouco tempo se ficava a saber tudo o que se passou, o que se passava e o que viria a passar-se em qualquer canto, por mais escondido que estivesse no território da Guiné.
Era a nossa 5ª Rep. O serviço de informações mais eficiente, existente no território.
Entre umas canecas de boa cerveja e uma engraixadela dos sapatos a conversa fluía sempre interessante e actualizada. Foi neste meio que encontrei o namorado, de uma colega de trabalho da minha namorada, que estava no Forte de Amura como Polícia Militar. Logo ali me disponibilizou cama e mesa de qualidade bem superior à do Depósito de Adidos. Porque será que não me surpreendeu a sua atitude? É que a malta, naquelas circunstâncias, é capaz das atitudes mais nobres só para ter por perto alguém que lhe fale daquilo que lhe é familiar.
E nestas andanças, chegou o dia 9 de Junho de 1971.
Estava-mos na véspera do Feriado Nacional e, para minha surpresa, estava nomeado Cabo de Dia ao Depósito de Adidos. Acreditem camaradas, nunca tinha feito tal serviço. Só fui promovido a Primeiro-Cabo na data do embarque em Lisboa e, no mato, os enfermeiros estavam dispensados de serviços, assim pensava eu. Algo me dizia, e disso comecei a convencer-me, de que nada acontecia por acaso.
Ao início da noite, enquanto o pessoal em formatura aguardava a chegada do Sargento de Dia para a verificação de presenças, ouviram-se uns enormes estrondos de rebentamentos, que me pareceram vir, ali mais para os lados de Bissau. À ordem do Sargento de Dia, todos fomos procurar abrigo nas enormes “valetas” que ladeavam a parada alcatroada. Após os primeiros impactos, os Sargento e Oficial de Dia comentavam que Bissau estaria a ser atacada.
Ó diabo, nem aqui se está bem?  
Não se ouviam sirenes de ambulâncias. O que estaria acontecer em Bissau, será que sofremos muitas baixas?
Essa noite foi de alerta geral. Aconteceu o que muitos, á muito tempo vaticinavam. Era o fim do mito do refúgio seguro.
O PAIGC tinha feito uma demonstração do seu atrevimento e força.  
No dia seguinte, nas conversas do Café Bento o assunto era o ataque a Bissau. Era assunto incontornável a que ninguém ficava indiferente. Uns diziam que os “mísseis” caíram ali para os lados dos tanques de combustível da Sacor, que ficavam nas margens do Geba às portas da cidade. Outros, afirmavam que todos os rebentamentos se deram nas bolanhas bem longe da cidade.
Em Bissau e no interior, esta evolução da guerra deixou-nos a todos muito apreensivos. Que futuro?
Fiquei marcado com a convicção que nada seria como dantes na Guiné depois daquela noite.
Deixei Bissau de retorno ao Xitole a bordo de uma avioneta DO.
Foi uma sensação difícil de descrever quando sobrevoei do Xitole, momentos antes de a avioneta tocar a “pista”. Eu sabia o que via, eu sentia o que via e sabia ao que vinha.
Nada podia alterar o rumo das coisas. Estava novamente confrontado com a amarga realidade da guerra.
Todas as visitas da avioneta ao Xitole geravam um movimento anormal de pessoas na zona do “hangar”, fosse pela curiosidade ou pela ânsia do tão desejado correio.
Lá estava, entre tantos, o meu camarada enfermeiro que, mal me viu, apressou o passo para me dar um abraço de boas vindas e ajudar a carregar os meus haveres.
Como te correram as coisas, só com o Galé a ajudar-te? Disparei eu.

Continua…………………….

sábado, 27 de fevereiro de 2010

P357-A NÃO PERDER


IV CONVÍVIO DOS EX-COMBATENTES DA GUINÉ DO CONCELHO DE MATOSINHOS

De acordo com o prometido
, a organização vem informar que o Almoço será servido no dia 6 de Março no Restaurante Marisqueira Majara que fica situado na Rua do Godinho, 343, em Matosinhos, mesmo em frente à saída do Parque de Estacionamento das Marisqueiras. 

O preço do almoço será de 25 €uros.

Para evitar publicar a Ementa por inteiro, esclarecemos que no preço estão incluídos serviço de Bar, Aperitivos, Sopa, Prato de peixe (quem quiser pode optar por carne), vinhos, sobremesa, café e digestivos.

Está já confirmada a presença, de novo, do senhor General Carlos Azeredo, o que muito nos honra.

Temos cerca de 125 inscrições confirmadas o que irá constituir um novo máximo de participantes.

Lembramos que a concentração dos ex-combatentes e acompanhantes será em frente ao edifício da Câmara Municipal (Jardim Basílio Teles), a partir das 12 horas.

Bonito espaço compreendido entre o edifício da Câmara, à esquerda, e o Parque Basílio Teles, à direita da foto
Foto retirada da Página da 
Câmara Municipal de Matosinhos, com a devida vénia.


Se algum dos camaradas forasteiros se sentir desorientado, pode recorrer aos nossos números de telefone para saber como e onde nos encontrar.

- António Maria - 938 492 478
- Carlos Vinhal - 916 032 220
- José Oliveira - 917 898 944
- Ribeiro Agostinho - 969 023 731

P356-A tabanca de 24-02-2010


Mais uma vez com atraso, desta vez por termos marcado presença ontem em Monte Real no encontro mensal da Tabanca do Centro que será objecto de um oportuno poste individual.
Foi mais uma jornada de grande alegria e confraternização, desta vez "abrilhantada" pela festa antecipada de aniversário do Fernandino Leite que no dia seguinte faria 67 anos e pela presença de muita juventude em vésperas de partida para a Guiné por terra.
Ao todo, fomos 40 "atabancados" a almoçar mais um, o António Carvalho, que ainda a apareceu já depois de almoço e quis deixar o seu contributo de 3,00 € para ser incluído no euro milhões... fezadas!!!!
 
Caras novas foram 4, O Jorge Fontinha veterano do Blogue pai do Luís Graça, o Eduardo Monteiro, o Joaquim Ramos Silva. o Manuel Santos, aqui retratados pela mesma ordem.
 

 A Juventude de que de repente nos vimos envolvidos ajudou e de que maneira, a sentir-mo-nos também jovens camaradas de armas senão vejam:
O Dr. Tiago Teixeira, filho do Zé Teixeira que insistiu em acompanhar o pai de luto profundo pelo falecimento da mãe.
 Olhem só este friso de juventude se não é inspirador..da esq. p/ a dit. o João Costa, namorado da Inês Allen, filha do Xico Allen, a Carla Araujo amiga da Inês e a Raquel Espiritosanto, todos de partida para a Guiné no dia seguinte.
O António Pereira, companheiro da Raquel que a acompanhou à Tabanca embora não vá para a Guiné com ela.
Como se pode constatar, a Tabanca extravasa e em muito a agregação de ex-combatentes. São jás os nossos descendentes e os amigos do bem-fazer que nos visitam e connosco confraternizam às quartas-feiras.


Com toda esta frequência o Fundo da Clnica de Bor cresceu mais € 90,00 ficando agora com € 710,44 e cinco novos sócios entram para a Associação que tem agora 131 associados. Aqui estão as respectivas contas do nosso Fundo de Ajuda à Clínica de Bor.


Da autoria do Manuel Carmelita como habitualmente, aqui vai a reportagem fotográfica do evento:


E ainda a festa de aniversário antecipado do Fernandino Leite a quem foi cantado os parabéns a você...e a cuja saúde se bebeu do vinho fino do Zé que nestes últimos tempos, tem levado um desgaste notável com tanto aniversário.


O Fundo para o projecto da Água Potável e sementes para a Guiné cresceu mais um bocadinho. Aqui vai o balancete da respectiva conta:
Mais uma vez apelamos ao sentido de responsabilidade de todos para que nos ajudem dentro das possibilidades consentidas pela carteira de cada um a levarmos a bom termo este projecto.

Para terminar aqui vai a aposta do euromilhões para esta semana. Como o sorteio foi ontem podemos facilmente antever que desta vez temos qualquer coisita..pelas minhas contas, pouco mais de € 30,00. que penso que todos concordarão que deverá ser atribuído aos nossos projectos humanitários.

Um bom fim-de-semana para todos e na quarta lá estaremos.

P355-A última Tabanca dos Melros

No passado dia 13 de Fevereiro realizou-se mais um encontro mensal de ex-comatentes do ultramar (ECUs) do Concelho de Gondomar.
Da autoria do David Guimaráes aqui fica um registo do acontecimento que conforme lá referido teve "manga de ronco"

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

P354-Dia dos Combatentes de Gondomar

A pedido dos organizadores aqui fica o anuncio da realização do dia do Combatente de Gondomar.

Refira-se que no mesmo dia e por coincidência realizar-se-á o IV Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos que aqui já foi anunciado mo nosso poste P343

Dia dos Combatentes de Gondomar

O dia 1 de Março foi considerado o Dia dos Combatentes de Gondomar
Homenagem aos Combatentes Gondomarenses Mortos na Guerra em África 1961-1974

Sábado 06 de Março de 2010
A Comissão Eventual tem a honra de convidar todos os cidadãos, quer sejam ou não gondomarenses a participarem nas comemorações deste 2º Aniversário da implantação do Memorial em Homenagem aos Camaradas Combatentes Gondomarenses Mortos na Guerra em África 1961-1974.
PROGRAMA
- 10H30  - Concentração junto da igreja de Fânzeres.
- 11H00  - Missa a celebrar em memória dos Combatentes Mortos na Guerra em África e de ex-combatentes posteriormente falecidos.
- Após a Missa segue-se a romagem ao Monumento “Aos Heróis de Ultramar”, inaugurado em 24 de Novembro de 1971, situado na Praceta Heróis de Ultramar, para prestar homenagem aos 83 combatentes que tombaram por PORTUGAL, constantes no Memorial, inaugurado em 01-3-2008.
- Esta Homenagem terá a presença de uma Guarda de Honra Militar e de outras entidades, representativas da Edilidade Gondomarense.
- A Homenagem tem o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e da Junta de Freguesia da Vila de Fânzeres
- A Comissão, reitera assim o apelo para que todos compareçam em força, quer sejam ou não Gondomarenses para prestarem homenagem a estes filhos da nossa Terra.
Pela Comissão eventual:
Mário Guimarães – Fânzeres – ex-combatente em Moçambique
António Pinto – Fânzeres - ex-combatente em Moçambique
Adelino Miranda – Jovim - ex-combatente em Moçambique
António Silva – Jovim - ex-combatente em Moçambique
Manuel Almeida – S. Pedro da Cova - ex-combatente em Moçambique

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NOTA: No final das cerimónias, segue-se o almoço de confraternização pelas 13H00 [antecipado excepcionalmente uma semana, face a estas comemorações em Homenagem aos nossos camaradas] na “Tabanca dos Melros” na Quinta dos Choupos – Restaurante Choupal dos Melros.

Quem estiver interessado em participar no almoço, deverá inscrever-se comunicando até ao dia 4/3 através dos números
Telef fixo: 22 489 06 22

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

P353- AGRADECIMENTO - ZÉ TEIXEIRA

 
Minha mãe sentiu necessidade de descansar e partiu serenamente.
Partiu feliz por sentir à volta de seus filhos tanto afecto e carinho por parte dos muitos amigos, que pela vida fora souberam granjear, graças aos ensinamentos que ela lhes soube transmitir.

OBRIGADO MINHA MÃE pelas lições de vida que me deste.


Aos muitos amigos, que pelos mais variados meios quiseram partilhar comigo a dor de te ver partir e deste modo me ajudarem a viver tão difíceis momentos, quero expressar a mais profunda gratidão pela vossa presença na minha vida nestes dias de dor e esperança.

Zé Teixeira

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

P352-Faleceu a mãe do Zé Teixeira

Porque e a vida é feita infelizmente também destas coisas, cumpre-nos informar que faleceu a mãe do nosso querido, mais que camarada, amigo, Zé Teixeira.


Doente havia já algum tempo, o Zé andava sempre numa azafama com ela.

Com o coração despedaçado confessávamos muitas vezes como era difícil vê-la a definhar ora com uma pneumonia, ora com outra qualquer insuficiência.


Ontem ao final da tarde recebi a noticia pela boca embargada do Zé que se tinha finalmente acabado a provação da sua mãe.

Ao Zé e a toda a sua família, a nossa solidariedade e os nossos mais sinceros pêsames.
O corpo encontra-se depositado na capela da Igreja de Ermesinde e o funeral está marcado para amanhã terça-feira às 10h00.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

P351-Quem se lembra do Russo?

Recebemos uma mensagem interessantíssima de um camarada nosso que esteve em Banbadinca e que se encontra actualmente radicado na Alemanha.
Trata-se do ex-furriel Américo Russo que esteve na CCS do BART 3873 o mesmo a que eu, o Barroso o António Silva o Artur Soares o Sousa de Castro e o Mexia Alves pertenciam
Eis o texto da mensagem:


Caro amigo.
Sou de Matosinhos,nascido e criado na rua Herois de frança, e fui furriel  miliciano, na CCS do BART 3873, na Guiné, no período de 1972/74 em Bambadinca.
Estou actualmente a residir na Alemanha, e como me desloco de férias a Matosinhos, gostaria de saber onde se reunem os antigos combatentes, para tambem lhes fazer uma visita.
Será que me poderás dar éssa informação?
Um abraço,
Américo russa

Ao Russa já lhe foi dada a informação pedida, restando aguardar que ele nos confirme a sua visita e venha confraternizar connosco numa destas quartas-feiras.
Álvaro Basto

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

P350-A Tabanca de 17-02-2010

Mais uma grande jornada se viveu na passada quarta-feira. De inicio timidamente mas os camaradas lá foram chegando e quando demos por ela estávamos 35 para comer, confraternizar e reviver o passado.
Seguem-se alguma imagens bem demonstrativas da "azafama" que foi "deitar a baixo" aquelas travessas de caldeirada de lulas e de raia, as tradicionais e sempre apetitosas tripas ou as postas de bacalhau dourado à moda de Braga, para não falar do arroz de feijão com petinga estaladiça bem fritinha...






Tivemos também os grandiosos festejos do aniversário do Carvalho que nos brindou com este magnífico e colorido bolo e com o já tradicional Vinho Fino do Zé Manel


Eis algumas imagens bem sugestivas 





E no final eis o que sobrou do bolo !!!


Tivemos também duas caras novas por estas andanças.
A do nosso querido camarada António Sousa de Castro de Viana do Castelo que entre 1972 e 1974, em Mansambo, decifrava as comunicações radiotelegráficas para que tudo corresse bem na CART 3494.
Há muito que este velho camarada de armas prometia vir visitar-nos senão vejam o que ele escreveu no seu blogue clicando aqui 







Outra das gratas visitas que tivemos foi a do Francisco Nina da Covilhã.
Furriel "rodinhas" em Aldeia Formosa no tempo do Lobo e do Carvalho, este camarada foi à Guiné no ano passado no seu Jeep e com ele foi o Carvalho e o Lobo.
Este ano está a pensar em repetir a proeza uma vez mais.
Não lhes podemos desejar senão muita sorte pois irão bem precisar dela.
É claro que a Tabanca Pequena ganhou mais dois associados pois estes camaradas não se fizeram rogadas para se associarem às nossa causa humanitárias.

Quanto ao nosso Fundo para Ajuda da Clínica de Bor aqui vai a respectiva tesouraria actualizada já com o custo do euro milhões desta semana bem como o respectivo boletim para conferirem logo.





Confirmamos que o medicamentos que compramos recentemente irão ser hoje embarcados no contentor da Casa Correia e que em breve chegarão ao seu destino.

Quanto à campanha da água potável e das sementes continua lentamente a crescer o respectivo saldo embora não com a velocidade que todos desejássemos. Em breve teremos noticias sobre a forma de catalisarmos o crescimento deste fundo.
Para já ficava aqui o nosso redobrado apelo a todos os camaradas tanto para os que ainda não colaboraram como para os que já colaboraram para periodicamente, irem pensando neste problema e na medida do possível, irem deixando aqui ficar o seu contributo. Temos um longo caminho a percorrermos juntos e contamos convosco
 

Para terminar uma breve referência aos fotógrafos que estiveram de serviço, Álvaro Basto (eu) e Joaquim Peixoto que na ausência dos fotógrafos oficias da Tabanca: Jorge Portojo e Manuel Carmelita tiveram de assumir aquele complicado cargo e daí se notar alguma perda de qualidade naquele serviço.
Façam todos o favor de terem um excelente fim-de-semana
Álvaro Basto