Transcrição de mais uma noticia desta vez publicada pela Agencia Lusa, com a devida vénia, aqui vai:
Coimbra, 20 fev (Lusa) – Uma missão para ajudar a Guiné-Bissau partiu nesta sexta-feira de Coimbra.
O grupo de 22 pessoas vai atravessar o deserto em veículos 4x4 para montar o primeiro parque infantil da capital e uma creche no norte do país.
Os expedicionários, que cumprem neste ano a sexta missão humanitária, são na sua maioria ex-combatentes, com idade entre 60 e 65 anos, que levam consigo bens para oferecer, tendo já seguido para Bissau um contêiner de 25 toneladas de materiais diversos.
“Fui combatente na Guiné de 1966 a 1968 e volvidos 37 anos regressei para recordar os locais por onde passei, e quando cheguei vi as muitas carências e trouxe na bagagem a vontade de voltar”, disse José Moreira, que posteriormente dinamizou a criação da associação humanitária Memória das Gentes.
Desde então, anualmente, normalmente em fevereiro, partem de Coimbra em expedição.
Este ano seguiram sete veículos, a que se juntarão no deserto africano mais quatro motos e outro jipe, também do norte de Portugal.
Na expedição desse ano serão distribuídos material didático, camas para bebês, material hospitalar e medicamentos.
Além disso, eles vão montar o primeiro parque infantil de Bissau, com o apoio da prefeitura de Coimbra, que esperam deixar completamente concluído nos próximos dois anos, com novos equipamentos.
Em Varela, no norte da Guiné-Bissau, será montada uma creche.
Os missionários devem chegar nesta sexta-feira e pernoitar em Tânger.
A chegada à Guiné-Bissau está prevista para o dia 26.
O regresso do último grupo de expedicionários a Portugal está marcado para 16 de março.
“Não fizemos mais que a nossa obrigação”, afirmou o prefeito de Coimbra, Carlos Encarnação, referindo-se ao apoio disponibilizado pelo município ao país africano. Para ele, é “um orgulho” para a cidade ter uma organização com “valores humanos como tem a Memória das Gentes”.“É com muita simpatia que vejo estas pessoas partir, para ajudar a suprir algumas necessidades das pessoas da Guiné-Bissau”, disse o guineense Incanha Intumbo, que vive há 15 anos em Coimbra, onde prepara uma tese de doutorado sobre as variantes étnicas do crioulo de seu país.