Nas fotografias de baixo:
O meu guarda-costas Amadú Ocha Djaló e eu no mato, e ontem no convívio da CCAÇ3. Lembrámo-nos que fui eu que quis que ele fosse para o pelotão dos balantas, apesar de ser fula. Que o capitão se admirou mas que ele disse que ia porque eu queria. Lembrámo-nos que eu não estaria ali se ele, numa operação em Sambuiá, não me tivesse salvo: numa emboscada, eu, baralhado dos ouvidos, virei-me de costas para o local onde o IN estava, mas ele deu-me um empurrão para o chão. Grande amigo!
As outras no fim também têm história muito curiosa. O José António Ramos Alves foi o alferes que eu fui substituir em Barro na CCAÇ3. Mas eu não soube quem ia substituir porque ele já lá não estava, tinha ido para o HM241. Sem sabermos deste episódio, encontrámos-nos alguma vezes em Lisboa depois do 25 de Abril, porque tínhamos sido colegas no seminário, mas nunca nos passou pela cabeça de falar de guerra, e ficámos com o contacto um do outro. Há dias, ele viu no livro "Diário da Guiné 1968-1969, Na Terra dos Soncó", do Mário Beja Santos algumas fotografias minhas da CCAÇ3. Telefonou-me para explicações e foi quando chegámos à conclusão que eu fui para a CCAÇ3 em Maio de 1968, precisamente o mês em que ele foi para o hospital, mas não nos encontrámos.
Chegámos à conclusão que eu tinha sido o substituto dele. E encontrámo-nos ontem na Anadia. Foi um dia de emoções.
A. Marques Lopes
Dia memorável para ti, bom amigo.
ResponderEliminarabraço
Eh! Pá... Que coisa bela!
ResponderEliminarSó imagino mas mesmo assim dá para sentir algo parecido com os solavancos cardíacos a que foste sujeito.
Um grande abraço
Carvalho de Mampatá
Não sou bébé... mas sou um bocado chorão, em certas circunstâncias. E confesso que me vieram as lágrimas aos olhos quando abracei o Ocha.
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