sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

P520-A tabanca de 26-01-2011

A “TABANCA PEQUENA DE MATOSINHOS” já é pequena
A “Tabanca Pequena de Matosinhos”, pequena em estrutura, mas grande em humanidade, foi pequena para receber tantos Camaradas em dia de Assembleia Geral.
Se não vejam só a listas das presenças (e a aposta no euromilhões de que serão beneficiários directos)
 



Muito cedo se se apercebeu que a afluência ía ser grande. 
Ainda não era meio-dia e já era grande a concentração cá fora.
Saudamos, com muita alegria, o regresso do coronel Marques Lopes ao nosso convívio, após a sua prolongada ausência por motivo de doença.

Saudamos também a presença de muitos camaradas que há muito não víamos como o António Barroso ou o Jorge Picado.




Alguns vieram de bem perto, aqui de Matosinhos como o José Ribeiro que há muito nos vem seguindo no Facebook e que decidiu finalmente vir provar o agradável sabor da confraternização no Milho Rei.


Outros de bem longe como este grupo que veio da Covilhão pela "mão" do Pereira Nina nosso incontestável associado de há muito. Foram eles o João Azevedo o José Moura  o João Romano e o Pereira Nina aqui a posarem para a posteridade


Foram pois muitos os periquitos que esvoaçaram pela tabanca, alguns vindos de muito longe, outros quase vizinhos que hoje nos honraram com a sua presença, mostrando o agrado que sentiram em se juntarem ao nosso grupo.


A afluência foi tanta que foi necessário acrescentar algumas mesas, para que todos se reunissem e desfrutassem do repasto que ia ser servido. 
O ambiente foi o habitual: muita camaradagem, muita alegria e desta vez muito barulho. Foram muitos aqueles que reencontraram amigos que já não viam há longo tempo. Os abraços foram tantos e tão fortes que se ouvia o barulho do bater nas costas. Alguns tentavam esconder, com algum esforço, a emoção que sentiam por rever estes amigos de longa data.
Um dos periquitos, o João Cruz Azevedo, responsável pela Liga dos Combatentes da Covilhã e director do jornal “O Combatente da Estrela”,  numa alocução muito breve referiu ter ficado muito sensibilizado com a camaradagem, amizade e espírito humanitário que aqui encontrou. Desejou as maiores felicidades para todos os camaradas e à tabanca.


Aspecto geral da sala
Os periquitos assinaram o nosso “livro de honra” e tiraram a fotografia da praxe. Como sempre apareceram muitos “fotógrafos”.






Foram vários os pretendentes a “paparazzi”.
(Teixeira,João Cruz  , Moutinho, Cancela,  Álvaro e até eu!).
Mas temos muito que aprender. Reparem no estilo do Carmelita …Aí vai mais uma “aérea”…


Paparazzi  só há um....O Carmelita e mais nenhum.

No meio desta tertúlia há quem chame aos dois penafidelenses (ao Cancela e a mim, o Peixoto) de albardeiros. Quando assim nos apelidam, estão a dizer uma grande verdade e da qual muito nos orgulhamos. Assim como os do Porto são os tripeiros, os de Lisboa os alfacinhas e os de Paredes os tremoceiros, também os de Penafiel os “albardeiros”.
Os habitantes de Penafiel são conhecidos como “albardeiros”.
Por acaso, os meus amigos e camaradas sabem porquê?
Porque o fabrico de albardas era uma actividade tradicional nesta cidade. Desde tempos antigos que na “ Feira de S. Martinho” se fazia a venda e troca de (desculpem Vossas Excelências) cavalgaduras e as suas albardas ganharam merecida fama. Dizia-se antigamente e em tom jocoso “ vai-te vestir a Penafiel “, numa alusão às albardas para os burros. É costume dizer-se que os Penafidelenses fabricam as albardas para exportação, e não para consumo interno.
Aliado a esta fama também é conhecida uma piada aos “óculos de Penafiel” numa alusão às palas dos burros. Correspondem às palas que os asnos usam nos olhos de modo a que concentrem a atenção no caminho, visto que os herbívoros têm um campo visual lateral e, por isso, dispersam facilmente a atenção
A Feira de S. Martinho realiza-se no dia 11 de Novembro e coincide com o feriado municipal do concelho de Penafiel
Alem desta feira há uma outra muito interessante, a feira de S. Bartolomeu, ou a feira das cebolas. Realiza-se no dia 24 de Agosto.
        



A imagem de S. Bartolomeu está colocada na Igreja do Sameiro, em Penafiel
Do lado esquerdo vemos S. Bartolomeu, tendo aos pés o diabo, preso por um cadeado.
Do lado direito um pormenor da fotografia do diabo preso
Segundo a tradição, no dia 24 de Agosto, o Santo põe o diabo à solta tirando-lhe o cadeado. Durante todo o dia, esta figura endiabrada, inferniza a vida de algumas pessoas e infecta todas as amoras. A partir deste dia não se podem comer mais amoras.
Se no dia 24 de Agosto visitar esta linda cidade e vir alguns homens armados com um pau, não se assuste. Ninguém lhe quer fazer mal, simplesmente afugentar o diabo.
Mas Penafiel não é conhecida apenas pelas suas feiras. Tem muitos motivos de interesse. Exemplos disso são: o Mózinho, a Anta de Santa Marta, várias igrejas de diversos estilos, a Casa do Gaiato e o ex-líbris a Quinta da Aveleda.
Aliado a isto há uma variada gastronomia como a lampreia, o cabrito assado acompanhado de batatas assadas e arroz de forno, a sopa seca, as tortas de S. Martinho, os bolinhos de amor…
Espero com isto ter-vos cativado para uma visita à terra dos “albardeiros “.


E para terminar resta apresentar as habituais contas tanto dos projectos das Sementes e Água Potável como das acções médico-sanitárias.



Não se esqueçam que no Facebook podem ver  a reportagem completa deste evento. Basta clicarem na referencia que está publicada aqui ao lado esquerdo.
Um grande abraço a todos


Joaquim Carlos Peixoto

8 comentários:

  1. Confirmo que é verdade. A partir de 24 de Agosto, dia em que o diabo "meja" p´rás amoras, estas deixam de ser uma tentação para as crianças da região. Eu juro que quando era puto, a partir desse dia desapareciam os arranhões na pele, provocados pelas agressivas silvas, porque deixava de comer amoras.
    Zé Teixeira

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  2. Ah Caralho! Que grandes cronistas estes penafidelenses! Primeiro vem o Peixoto em pésinhos de lã...agora avança o Cancela que, num estilo habilidoso, nos chama burros a todos.Eu tinha falado com o Álvaro ( nosso Presidente) no sentido de não dar palanque a esta rapaziada de Penafiel mas ele, com aquela mania da democracia, deu-lhes corda e agora, aberta a caixa de pandora, vão aparecer outros gajos de Penafiel a comer-nos por lorpas. O Zé da Régua está solidário comigo...até já me telefonou mostrando-se muito ofendido.
    Na próxima 4ªfeira este assunto tem que ficar esclarecido-

    Um abraço para todos.
    Carvalho de Mampatá

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  3. Parabéns ao cronista, o meu querido amigo Joaquim Peixoto, de fino recorte literário e grossa erudição... e ao nosso camarigo A. Marques Lopes pelo seu regresso às lides, se não bloguísticas, pelo menos gastronómico-culturais da Grande Tabanca Pequena...

    No bloguie da "casa mãe", escrevi hoje:

    "Há tempos, depois do Natal de 2010, falámos por telefone e eu perguntei-te:
    - O que é feito de ti, camarigo António Marques Lopes, tertuliano da primeira hora, pioneiro do nosso blogue, co-fundador e co-editor do blogue Tabanca de Matosinhos ?...


    "Acabei por saber que estavas com um problema de saúde por resolver... Pois, muito folgo de ver-te agora de regresso ao convívio dos camarigos, das 4ªas feiras, na Tabanca de Matosinhos (foto acima), neste caso no passado dia 26, no restaurante Milho Rei...

    "Em tua homenagem, fui desencantar velhas fotos de Banjara, destacamento onde esteve um Grupo de Combate da tua primeira companhia na Guiné, a CART 1690... Em tua homenagem e dos camaradas, como tu, que por lá passaram, e de quem não temos falado nestes últimos tempos... Aqui ficam, editadas por mim, e reproduzidas em formato extra-largo... São "fotos falantes", com rostos expressivos, que por isso mesmo dispensam legenda... Banjara foi um dos muitos Bu...rakos por onde andávamos naquela terra onde Cristo nunca parou"....

    1 de Fevereiro de 2011
    Guiné 63/74 - P7702: Memória dos lugares (130): Banjara, destacamento a 45 km de Geba, CART 1690 / BART 1914, subunidade com um dos mais trágicos historiais do CTIG (1967/69) (A. Marques Lopes)

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  4. Tá bem pronto,retiro o que disse no que toca aos casacos de Penafiel para exportaçao,nao quero de maneira nenhuma arranjar problemas com os meus amigos da Tabanca Pequena,mas prometo em contra partida arranjar alguns par de oculos para alguns.
    ABRAÇO GRANDE

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  5. Tens razão Cancela, ando a precisar de mudar de lentes...é que, na verdade, o gajo da crónica das albardas foi o outro, o professor. Se calhar foi por isso que faltou na 4ªfeira e tu por solidariedade também. É tão ladrão o que fica à porta da quinta como o que sobe à macieira, neste caso é tão sacana o cronista como o assessor que deu a ideia.
    Um abraço
    Carvalho de Mampatá

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  6. Sempre o mesmo.......

    Nao sei que bicho mordeu neste animal,para que seja tao encendiario.So descansa com a torcha na mao a chegar fogo ao rastilho,e depois de estar tudo a arder,é ve-lo rir e a meter os pobres coitados ao barulho.

    Abraçao, amigo

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  7. eaqueci de por a minha assinatura.




    CANCELA

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  8. Cancela:
    Tens toda a razão. Este nosso amigo não dava para bombeiro.
    Sempre a deitar lenha para a fogueira.
    Estão estes dois penafidelenses muito sossegadinhos, sempre dispostos a ajudar os pobres, tal como o nosso conterrâneo "Zé do Telhado" e o Régulo a não nos compreender.
    Peixoto

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