sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

P517-A Tabanca de 19-01-2011

Desta vez foi o Joaquim Peixoto, o nosso mestre-escola de Penafiel e fiel camarada que se disponibilizou para fazer a crónica do almoço. E ei-la aqui com os parabéns de todos nós. Afinal, parece que já temos editor fixo e já não vai ser preciso sortear semanalmente o nome do "editor da semana".
Aqui fica a lista das 35 presenças e o Euromilhões desta semana:


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Um dia de cada vez, aprendemos a viver.
Às Quartas-feiras aprendemos a conviver
Ainda não tinham batido as doze badaladas, anunciando que o dia estava a meio, quando apareceram os primeiros convivas, querendo transformar a rua em sala de convívio, mas o tempo frio e ventoso não o permitiu e obrigou-os a entrar para a “Tabanca Pequena de Matosinhos “, como quem diz, para o Restaurante Milho Rei.
Os mais apressados, com medo de ficarem de pé, foram escolhendo os lugares mais estratégicos, para poderem observar tudo, mas tendo o cuidado de deixar um lugar para o Homem Grande da Tabanca, O Álvaro.
O Barbosa, munido do seu computador portátil, aproveitou a oportunidade para pedir umas explicações ao David Guimarães. Não sei se isto é legal, mas se a moda pega, ainda vamos funcionar como as “Novas Oportunidades”.
Começaram a comer-se os aperitivos, mas só com a chegada do Homem Grande é que começou a ser servido o almoço. Seria coincidência? (O respeito é muito bonito).
Sem querer dar nas vistas, reparei que nem todos os convivas comem a sopa! Todos deveriam comer porque a sopa faz bem, aconchega o estômago e é um prato barato …
Não pensem, aqueles que nos lêem, que estes convívios de Quarta-feira servem apenas para comer… Estão muito enganados os que assim pensam. Nestes dias vivemos com entusiasmo, regando as raízes da vida passada longe do Mundo Real, não só sentindo ou pensando na agressividade, no desconforto e na nostalgia, mas também recordando os dias felizes que soubemos aproveitar. Agimos com a dignidade de quem soube sofrer, amar e resistir. Adquirimos um sentimento de entreajuda, discutimos todos os assuntos que nos vêm à cabeça. Recordamos os tempos passados lá longe, onde o calor húmido, os barulhos nas noites quentes e estreladas nos faziam saltar o coração, pensando que era mais um ataque. Recordamos esse país, esse povo, que por magia ou arte, se entranhou em nós, e quer queiramos ou não, começaram a fazer parte integral das nossas vidas
Nestas Quartas-feiras uma nova vida começa para nós a cada instante. Enquanto uns planeiam uma ida à Guiné, outros relatam as aventuras e as emoções da última viagem que lá fizeram. Vemos o Teixeira, sempre sorridente, percorrendo a sala a falar dos poços que já foram construídos e dos que estão em execução para fornecer água potável, àqueles povos que vivem na miséria, bebendo águas inquinadas, morrendo de cólera e outras doenças. Vemos neste nosso camarada, os olhos brilharem de contentamento ao planear novas iniciativas para angariar mais alguns euros em prol dessa gente.
Que guerra foi esta que no lugar do ódio, por quem combateu contra nós, deu lugar a um carinho mútuo, que nos faz a nós, que temos mais possibilidades, ajudá-los, enquanto eles nos retribuem com a sua amizade.
Será isto um bom presságio? Será um mistério, ou simplesmente o reconhecimento duma guerra sem sentido?
De repente surge na sala mais um periquito. È recebido pelo Álvaro que faz a sua apresentação.
Trata-se do Ferreira Dias que combateu no Xime em 1970/72. Esperamos que seja mais um amigo a entrar para o nosso grupo para nos contar todas as suas aventuras.
Voltando um pouco atrás e referindo que estes convívios não são só para a comezaina, temos de dar os parabéns ao Angelino S. Silva pelo livro que publicou “A Pronúncia do Norte” agora com prefácio do Padre Fontes.
Com toda esta conversa ia-me esquecendo de referir que o Álvaro e o Zé Manel se fizeram acompanhar das respectivas esposas, a Fernanda Basto e a Luísa. Relativamente ao Álvaro, pelo cargo que exerce tem que se portar sempre bem. Ou não tivesse por perto o seu respeitável Pai, a observar-lhe todos os passos.
O Zé Manel deixou de andar de um lado para o outro e sempre a implicar com o Pires. È que isto de estar a ser observado, torna a postura mais séria.
No decorrer do repasto, um dos três aniversariantes, o Costa e Silva, leu umas quadras que encantaram todos os presentes.




Além de sermos brindados com estas quadras, fomos também presenteados com uma garrafa de MONKS, de quarenta anos!!! Mas como a malta era muita, teve que ser bem doseado para que todos o pudéssemos saborear. E assim, com Monks, vinho fino da Quinta da Sr.ª da Graça, champanhe e bolo com muitas velas, foi cantado o “Parabéns a Você”. Podem crer, que o coro estava tão bem ensaiado, com as vozes tão certinhas e as notas tão afinadas, que alguém disse que o Coro de Santo Amaro de Oeiras não faria melhor.
Como é hábito em todos os eventos sociais e não só, no final o Álvaro lembrou que a Assembleia Geral se realiza na próxima Quarta-feira. O Zé Manel aproveitou para referir a “PETIÇÃO ON-LINE SOBRE OS EX-COMBATENTES”.
Enquanto esperamos pela próxima Quarta-feira, desejo a todos uma boa semana (de trabalho ou de férias) e parafraseando um grande actor português já falecido, peço-vos:
“Façam o favor de ser felizes”
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O David Guimarães a ensinar o Barbosa a “ computar “.


O aviso do “amigo” Cancela


O Carvalho a deitar lenha para a fogueira.


O novo periquito Ferreira Dias, que esteve no Xime em 70/72, a ouvir atentamente
os conselhos do  nosso ex-capitão Moutinho dos Santos.




E aqui a ouvir os do Sr. Rolando atrás de um trio de respeito, o Angelino Silva, o Eduardo Monteiro e o David Guimarães que  aqui parece não estarem lá muito interessados no "carro-eléctrico" que o João Rocha lhes estava a tentar "vender"!


Os três aniversariantes: Eduardo Monteiro, Bento Luis  e o "poeta" Adelino Costa e Silva


A distribuição muito cuidadosa e atenta. Não se pode perder uma gota.


A presença feminina .


 O Jorge Cruz a exibir orgulhoso a botija de Monks que o Lino Silva guardou religiosamente durante quase 40 anos



  Se tudo na vida fosse difícil de abrir como esta garrafa…Felizmente há coisas mais fáceis.

5 comentários:

  1. Ó Peixoto,e as fotos???? Eu quero as fotos carago........

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  2. Que excelente escrivão-mor nos apareceu!
    Obrigado Peixoto por dares de novo vida ao nosso blogue.
    Continua.

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  3. Aquela primeira reunião informal do grupo de disponíveis para colaborar na implementação de projectos, está a dar frutos. Senão vejamos: O Peixoto sugere a reanimação do Blogue e, eis que nos surpreende com esta bonita demonstração de se passar das palavras aos actos. Parabéns Peixoto e um abraço de Amizade e Camaradagem.
    Zé Rodrigues

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  4. Pois é amigos,como veem em Penafiel
    nao se fazem só fatos de exportaçao,tambem se fazem bons escritores,como prova, o Peixoto


    Abraço a todos

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  5. Então apareceu um camarada que esteve no Xime, o Ferreira Dias, tal como eu, supostamente pertenceu à CART 2715 do BART 2917 (Fantasmas do Xime)Título que nós, CART 3494 herdou.
    Estou certo ou errado!? Aproveito para o cumprimentar e dar um abraço.
    Sousa de Castro

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