Este é um dos livros que o PAIGC tinha nas “escolas do mato” para ensinar o Português
(agradecimentos ao camarada António Pimentel que é quem tem este exemplar).
«Estas escolas [do mato] situavam-se no interior da Guiné ou em instalações que possuía junto à fronteira e destinavam-se quer a crianças quer a adultos. A instrução aí ministrada ia até à 3ª classe. Os alunos seleccionados nessas escolas iam tirar a 4ª classe nas “escolas ao nível Inter-Região” em regime de internato, donde, também por escolha, podiam passar para a “Escola Piloto” para uma 5ª classe [foi criada uma em Retoma, nos arredores de Conakry, em 23 de Janeiro de 1965 por Luís Cabral; no entanto, já existia naquela cidade, desde 1960, uma escola de quadros políticos onde era dada também a instrução primária; dizem também Lourenço Ocuni Cá e Messias Ferreira, da Universidade de Mato Grosso, que existiu uma outra na zona de Bolama] . E, daí, os melhores podiam ser escolhidos para escolas no estrangeiro» - dados do SUPINTREP 31, da Repartição de Informações do CTIG.
Em Fevereiro de 1965 foi criado o Instituto Amizade, apoiado pela Suécia e pela Holanda, para apoio e educação das crianças, tendo a seu cargo, espalhados por toda a Guiné, 10 internatos, com cerca de 2.000 alunos, e 12 semi-internatos (para os que viviam em tabancas dispersas e não tinham vaga nos internatos) com 750 alunos. O objectivo era ensinar a ler, escrever e contar, mas também, é claro, mobilizar para as razões da luta em curso.
Segundo Anabela Maria Barradinhas Roque, Mestre em Estudos Africanos pelo ISCTE, «164 escolas foram criadas pelo PAIGC, no período de 1964 e 1973. Estas chegaram a atingir o número de 14.531 alunos inscritos. E o seu currículo visava o treino político, o treino técnico e a transformação dos comportamentos individuais e de grupo».
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