Nesta época tão prendada vale a pena que peçam aos familiares ou amigos que vos
ofereçam este livro que saíu neste mês de Dezembro.
Verão coisas de Sangonhá, Cacine, Guiledge...
O Luís Rosa tem uma formação de base filosófica.
E diz ele, se calhar referindo-se às viagens que lá fazemos agora:
«Volta-se sempre ao local dos momentos marcantes.
Para ver se ainda ali está o outro que fomos, e se corresponde à utopia das lembranças.
Deixei-me a mim mesmo num caminho sem sentido, espalhado pela vastidão da Guiné.
Desejamos sempre ir buscar o homem que ficou para trás, não porque seja o mesmo, mas porque sendo-o, já não é o mesmo homem.»
E também (não sei, sou eu que penso que é) para os que ainda se consideram guerreiros invencíveis:
«Alguns fazem sobre um montão de interesses e ambições a raiva que julga construir o mundo sobre um vendaval de sonhos em pedaços. Razões são pretextos apenas.
Andam a roubar as palavras. Mas nunca serão capazes de construir os princípios.
Aqueles que rastejam nos campos do ódio são os que mastigam as horas amargas dos dias sem fim.»
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