sexta-feira, 29 de maio de 2009
P180-As crianças guineense operadas no Porto
Para alem do surgimento espontâneo da Bolsa de Famílias de Acolhimento de futuros crianças que tenham de se deslocar a Portugal para receberem tratamento especializado, temos vindo semanalmente a angariar fundos para ajudar a árdua tarefa de curar sem meios tantas crianças doentes que recorrem à Clínica Pediátrica de Bor.
Segue-se a noticia com a devida vénia da Sic Noticias sobre o caso e que gostaríamos de partilhar convosco:
quinta-feira, 28 de maio de 2009
P179(a) - Recordação do Alferes
P179-Um vaso de Flores

quinta-feira, 21 de maio de 2009
P177- Mais uma quarta bem animada
Realmente só lá, podemos falar das nossas fugas, das nossas emboscadas, das nossas horas de medo das nossas privações e até dos nossos actos de que mais nos orgulhamos.
A plateia é a ideal, fala a mesma língua, reconhece as nossas frases, identifica-se com os nossos sentimentos e o resultado é esta espécie de terapia colectiva que semanalmente, se vive naquela sala dos fundos do restaurante Milho-Rei.
Depois tivemos a comemoração dos aniversários do Xico Allen e do Joaquim Almeida, por isso o tradicional bolo e o champanhe não puderam faltar.
Para ajudar à festa, o nosso Zé Manel trouxe Vinho do Porto (do especial), aguardente velha e cerejas da Régua.
Imaginem!!... foi um fartar vilanagem.
Que boas memórias nos ficam sempre destas quartas-feiras !!!
Ficam aqui alguns momentos retratados:
segunda-feira, 18 de maio de 2009
P176-Congresso dos Combatentes
CONGRESSO DOS COMBATENTES
10 E 11 DE JUNHO DE 2009
Apresentação de comunicações até 19 de Maio
Inscrições até 30 de Maio
Do antecedente, uma Comissão Executiva, presidida, em rotação pelos três Ramos, por um Oficial General, vem organizando, anualmente, junto do respectivo Monumento,
Entretanto, ao longo do tempo, a troca de impressões ocorrida nesses Encontros anuais, nas confraternizações promovidas ao longo do País pelos ex-combatentes, nas reuniões, formais (como estas do Encontro) ou informais, entre associações de antigos e actuais combatentes e no próprio debate interno de cada uma destas organizações, tornaram cada vez mais evidente a necessidade de se levar a cabo uma iniciativa que trouxesse para a opinião pública os problemas e preocupações comuns a um tão vasto universo, face à sensação do abandono a que têm sido votados por parte de sucessivos Governos, pese embora uma ou outra medida que vai sendo tomada.
Para a AOFA, o interesse desse projecto, posteriormente designado como “Congresso dos Combatentes”, foi evidente desde o princípio, pois, a concretizar-se, permitiria, para além disso, tornar mais compreensível junto da sociedade civil os objectivos específicos que persegue, uma vez que passaria a contar com o melhor conhecimento que deles começariam a ter cerca de um milhão de veteranos e respectivas famílias.
A AOFA ajudou de forma decidida a corporizar a ideia central que, desde sempre, vem presidindo aos trabalhos: não haverá juízos de valor sobre as guerras (passadas, presentes e futuras), mas apenas a afirmação pública do que foi escolhido como lema do Congresso “Pelo Reconhecimento e Dignificação dos que serviram e servem nas Forças Armadas”, apoiada nas conclusões a que for possível chegar.
Entretanto, de forma persistente, foram-se dando passos no sentido de trazer para a iniciativa o maior número possível de organizações representativas dos combatentes.
Neste momento, estão concordantes com o Congresso, participando nas reuniões preparatórias:
Encontram-se bem encaminhadas as conversações com dirigentes das organizações representantes dos Pára-quedistas, através da União Portuguesa de Pára-quedistas.
Foi criada uma Comissão Executiva, votada a partir da proposta do Presidente da Federação Portuguesa de Associações de Combatentes e, pela ordem em que as enunciou, composta por: AOFA,
Essa Comissão já chegou às seguintes decisões sobre o Congresso:
Dia 10 de Junho, 18H30 – Forte do Bom Sucesso, Belém, Lisboa – Abertura Solene (com discurso proferido pelo Presidente do Congresso) e Porto de Honra (Preço de 2,5 euros por pessoa)
Dia 11 de Junho, a partir das 09H00 – Fórum Lisboa (antigo cinema Roma, instalações da Assembleia Municipal da Câmara Municipal de Lisboa), Av. de Roma, Lisboa:
09H00 – Recepção
09H30 – Abertura
10H00 – Tema “Cidadania e Defesa” (os nossos direitos e deveres, mas, também, o papel que desempenhámos – por exemplo, língua unificadora, em África -ou desempenhamos – normalização democrática, ainda como exemplo)
12H00 – Intervalo para almoço (da responsabilidade de cada participante)
13H30 – Tema “Saúde” (para nós: Hospitais e Assistência na Doença aos Militares)
15H30 – Tema “Apoio Social” (para nós: interesse especial na Acção Social Complementar)
17H30 – Conclusões
18H00 – Encerramento
Extractos do Regulamento do Congresso:
-Poderão apresentar comunicações as associações participantes e, através destas, quem sirva ou tenha servido nas Forças Armadas;
-As comunicações deverão dar entrada nas associações até 18 de Maio próximo, que as reencaminharão de imediato, para o Secretariado do Congresso;
-Cada comunicação deve ser enviada em suporte digital, preferencialmente por “mail”, e não deverá exceder as 6 páginas de A4 (se não houver possibilidades disso, em alternativa, serão aceites em papel);
-As comunicações deverão ser separadas pelos temas do Congresso: “Cidadania e Defesa”, Saúde e Apoio Social;
-A Comissão Executiva escolheu um Relator por cada tema, que, depois de concluída a remessa para o Secretariado do Congresso, fará uma síntese das comunicações apresentadas, que não deve exceder as 10 páginas de A4 e encerrará com uma conclusão;
-Já no Congresso, os Relatores farão uma exposição oral da sua síntese, que não deve exceder os 15 minutos;
-A seguir aos Relatores poderão intervir, mediante inscrição na altura, os autores das comunicações e demais participantes no Congresso, que não poderão exceder os 5 minutos;
-Imediatamente antes do Encerramento e tendo por base os textos dos Relatores e das intervenções, o Presidente da mesa do último tema lerá ou mandará ler uma “Súmula Conclusiva”;
-Os participantes no Congresso deverão inscrever-se nas respectivas associações até 30 de Maio (sendo particularmente relevante a informação sobre a sua presença no Porto de Honra).
domingo, 17 de maio de 2009
P175-Parabéns a você


P173-A Festa do Zé Firmino
Teve lugar no passado dia 2009-05-09 em S.PEDRO do SUL o XIX convívio Anual com recepção no LARGO da CÂMARA MUNICIPAL, por volta das 11h00. Uns e outros chegados com cabelos já brancos, e alguns quilitos a mais após os cumprimentos da praxe do contar de algumas histórias que são muitas nos tempos vividos naquela EX.PROVÍNCIA ULTRAMARINA da GUINÉ enquanto militares, sempre valentes e corajosos tantas vezes ignorados jamais esquecidos. Por volta das 12h30 já com parte da conversa em dia rumamos à IGREJA de BORDONHOS no local a traz citado onde todos assistimos à celebração da santa Missa por alma dos camaradas já falecidos. Tratadas que estavam as almas, convite para cuidar os estômagos com o almoço convívio servido e bem na CASA do PAÇO de BORDONHOS em S.PEDRO do SUL onde nada faltou até a boa disposição que sempre deve reinar em nossos corações. Depois dos estômagos aconchegados as gargantas regadas com tinto, branco, sumos, ou mesmo água. Seguiu-se a escolha do local para o XX convívio que será na CIDADE da GUARDA onde esperamos todos poder estar novamente com saúde paz e alegria Termino com um bem aja ao (ORGANIZADOR PINTO DA COSTA). Da minha parte fica aquele Abraço.
FIRMINO.
terça-feira, 5 de maio de 2009
167-XVI Encontro Nacional e I Congresso dos Combatentes
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Saíu no "Diário de Notícias" de 6 de Fevereiro de 2009:
«Diversas associações de antigos combatentes e de militares dos actuais quadros permanentes estão a preparar um "Congresso dos Combatentes", em Lisboa, e que é o primeiro desde o fim da guerra colonial.
"Pretendemos que se comece a tratar as coisas frontalmente. Não podemos esquecer os veteranos que ainda estão vivos" e muitos deles deficientes de guerra, explicou ao DN o presidente da Federação Portuguesa das Associações de Combatentes, António Ferraz. A sessão de abertura do Congresso, que vai centrar-se no "reconhecimento e dignidade aos que serviram e servem as Forças Armadas", está marcada para o dia 10 de Junho, em Lisboa, data em que são homenageados - à margem das comemorações oficiais do Dia de Portugal - os mortos junto ao Monumento dos Combatentes do Ultramar (na Torre de Belém). Esta cerimónia, este ano, está a cargo de uma comissão presidida pelo general Tomé Pinto.
Conhecendo-se as dificuldades de relacionamento institucional e pessoal existentes no universo dos veteranos de guerra, diferentes fontes sublinharam ao DN que há um esforço de aproximação e unidade entre todos os intervenientes, nos bastidores, para evitar que a lógica reivindicativa do Congresso afecte a homenagem aos mortos - e para que a defesa dos interesses dos combatentes deixe de se cingir aos da guerra colonial, passando a incluir os que têm participado nas chamadas "novas missões de paz" (Bósnia, Kosovo, Afeganistão, Timor) desde a década de 90.
"Combatentes são todos" e o 10 de Junho "não é o momento de fazer reivindicações", referiu ontem o general Tomé Pinto, que agendou uma reunião para acertar agulhas e pedir sugestões, no próximo dia 18, com as associações de combatentes e as socio-profissionais de oficiais (AOFA), sargentos (ANS) e praças da Armada (APA).
Esta reunião vai dar sequência ao encontro que juntou aquelas associações - mas não a Liga dos Combatentes (LC) - no final de Janeiro, em Oeiras, e onde se formalizou a realização do Congresso. Noutro exemplo do esforço de união em curso, António Ferraz adiantou que já foi decidido convidar a quase centenária LC para se associar aos trabalhos do Congresso - o que dará ao evento, segundo uma das fontes, outra dimensão e importância.»
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sábado, 2 de maio de 2009
P165-O MONSTRO DE GANDEMBEL CONTINUA A FAZER VÍTIMAS

Ali ao lado um rosto conhecido de alguém da minha idade, que não via há uns tempos e nunca pensei encontrá-lo ali. Era o camarada Almeida de Gandembel. Abatido, psiquicamente destruído.
Ao ver-me a comoção tomou conta dele, as lágrimas deslizaram pela face. Eu contive as minhas, mas o meu coração estremeceu e chorou também. Era o seu primeiro dia naquela casa que outrora os povos do norte da Europa batizaram de “casa dos elefantes”.
O Almeida de Gandembel que algumas vezes nos deliciou na Tabanca de Matosinhos cantando o Hino de Gandembel e tantas outras canções que nos transportavam de novo para a nossa juventude. O Almeida deixou de cantar o seu hino. Agora chora de desalento.
O Hino que os camaradas da C.Caç 2317 cantarolavam, quantas vezes acompanhados pelo ribombar das canhoadas que o um inimigo impiedoso, raivosamente despejava sobre

O Hino que nos fins dos anos sessenta era o símbolo da nossa resistência, nos muitos campos de batalha semeados pela Guiné, como que um grito de lamento.
O Hino que o Almeida gravou em CD com tanto carinho em 2007 e foi o centro do show musical que animou a festa de recepção aos participantes do Simpósio de Guilege em 2008, no antigo quartel general em Bissau, agora transformado num Risort
Ali, ao som da sua música, combatentes das duas frentes, deram as mãos, cantaram e dançaram , animados pelo Conjunto Furkuntunda que deu nova alma ao nosso hino, transformando um lamento de guerra num grito de paz.
O Almeida perdeu a vontade de cantar.
-Sabes, Teixeira, a mulher continua a trabalhar e eu fico sozinho em casa, mas não consigo suportar o isolamento. Aquele silêncio ! . . . os fantasmas que te perseguem, pensei eu.
A sorte tem sido madrasta para o Almeida. Não lhe bastou, a fome a sede, o medo e a raiva ao ver os seus camaradas tombar, mortos ou feridos a seu lado. Não lhe bastou ter fintado tantas vezes a morte, nos trezentos e

Uns anos mais tarde, o seu filho único, quando cumpria o serviço militar, morreu num estúpido acidente. Regressava à sua unidade vindo de santa Margarida onde estivera em treino operacional. Um acidente na estrada, entre duas viaturas de civis, fê-lo saltar da viatura para acorrer às vítimas na sua missão de enfermeiro. Nesse instante uma terceira viatura, ceifa-lhe a vida.
A família Almeida ficou destroçada. Ele nunca mais voltou a ser o mesmo Almeida, mas a sua grande fé ia lhe dando forças. Tentava abafar as suas mágoas rezando e cantando. Na última vez que esteve na Tabanca de Matosinhos, trouxe a Biblia para nos ler um Salmo e a sua voz para nos deliciar mais uma vez com a sua canção preferida – O Hino de Gandembel e outras canções do seu reportório de outros tempos, que acompanhamos com prazer.
Agora, passa o dia sentado num velho sofá a ver Televisão, absorto da realidade que o rodeia.
O Monstro “Gandembel”que um governador mandou construir, enterrando lá centenas de contos, e outro governador, no mesmo ano, mandou abandonar, deixando lá cerca de cinquenta jovens vidas e enviando outras tantas para Lisboa, quantos delas estropiadas para o resto da vida. Esse terrível monstro continua a fazer vítimas.
Neste dia de quinta feira, a noite chegou mais cedo para mim.
Zé Teixeira
sexta-feira, 1 de maio de 2009
P164-A solidariedade do Vasco da Gama
