Muito mais que um simples almoço, o convívio semanal que acontece todas as Quartas Feiras no Restaurante Milho Rei em Matosinhos é fundamentalmente um ponto de encontro de pessoas que têm como ponto comum o terem vivido dois dos melhores anos da sua vida envolvidos na guerra colonial que Portugal travou na Guiné.
O grupo tem vindo a crescer. A média de presenças, semanal, anda na ordem das quarenta pessoas
Todas as semanas surgem caras novas. São mobilizados por camaradas que vieram, gostaram e integraram-se na comunidade. Outros vêm por curiosidade mas integram-se rapidamente.
O que será que une esta gente que na maior parte das vezes não conhece ninguém e passados uns minutos estão em amena cavaqueira com o vizinho do lado ou com o camarada que por ventura pisou as mesmas picadas, pese embora noutra época, em que a "temperatura da guerra" estava mais ou menos quente?
Não é, seguramente, o menu, sem que tal se deva desprezar.
A Guiné marcou-nos. Temos uma linguagem própria. As aventuras e desventuras que vivemos durante a guerra interligam-nos e desafiam-nos a (re)viver aquele tempo longínquo.
Senti-mo-nos como que irmanados e sobretudo compreende-mo-nos uns aos outros.
As fotografias que se seguem, obtidas pelo paparazzi Peixoto são o reflexo destas vivências.Na saudável cavaqueira enquanto não se houve o "toque" para o Rancho
As conversas continuaram animadas dentro da Sala
Um bando de "periquitos e periquitas" apareceram como vem sendo hábito para dar nova força à Tabanca.
Felizardo! encontrou cinco camaradas da sua Companhia.
De Ponte de Lima, acompanhado pelo amigo e esposa
O Nascimento trouxe a filhota para que esta saboreie a nossa amizade
Foi a vez do Vitorino nos apresentar a sua filha a Márcia nossa colaboradora na solidariedade com a Guiné
Olha que par de jarras! O Vitorino e a Márcia, sua filha
Este Camarada e amigo quis deixar a sua marca solidária contribuindo para o Projecto "Sementes e água potável para a Guiné-Bissau
De Ponte de Lima até Matosinhos, apesar de estar há mais de 20 anos a sofrer dos maleitas que a guerra lhe deixou no corpo.
Zé Teixeira
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