quinta-feira, 22 de setembro de 2011

P589 - ARTE E CULTURA - ENCONTRO DE POESIA E MUSICA DO RENASCIMENTO


I  GRANDE ENCONTRO
DE
POESIA/MÚSICA DO RENASCIMENTO
DAS
TERTÚLIAS DO GRANDE PORTO



O Clube dos Avós em colaboração com a Junta da Freguesia de S. Nicolau, vai levar a efeito o

I GRANDE ENCONTRO DE POESIA/MÚSICA DO RENASCIMENTO
 DO
GRANDE PORTO.


O Evento terá lugar na magnífica Igreja de S. Francisco, no dia
24 de Set/2011, pelas 21,30h


Entidades que participam no evento:

▪ Junta de Freguesia de S. Nicolau/Clube Poetas dos Avós
▪ USG- universidade sénior de Gondomar
▪ Flor de Infesta - Grupo Dramático e Musical Flor de Infesta
▪ Junta da Freguesia de Vermoim – Movimentum Arte e Cultura
▪Tabanca Pequena- Grupo de Amigos da Guiné-Bissau ONG.
▪ Carlos Andrade – Músico, Compositor e Trovador
▪ SESQUIALTERA - Grupo de Musica RENASCENTISTA (ESMAE)



P588 - Dia Aberto da A T A C A - Convite e Programa


P587 - 3º CONVIVIO ANUAL DE EX-COMBATENTES NO ULTRAMAR DO CONCELHO DE GONDOMAR

sábado, 10 de setembro de 2011

P586 - SOLIDARIEDADE PARA COM A GUINÉ-BISSAU

CONFERÊNCIA / DEBATE
A pedido do Cônsul no Porto da República da Guiné-Bissau, Dr. José Manuel Pavão, damos a conhecer a CONFERÊNCIA / DEBATE que o Consulado vai dinamizar no próximo dia, 24 de Setembro, no Palácio da Bolsa no Porto

GUINÉ-BISSAU, SÉCULO XXI

Porto, Palácio da Bolsa, 24 de Setembro de 2011

PROGRAMA

09h00 - Recepção

09h30 - Abertura

09h45 - Mesa –Redonda:- A Guiné-Bissau no contexto da Lusofonia

11h00 - Café

11h30 - Mesa- Redonda : Oportunidades de Negócio na Guiné-Bissau e Países Limitrofes

13h00 - Almoço

15h00 - Mesa-redonda : Financiamentos Internacionais de Projectos na Guiné Bissau

Inscrição :  80 Euros ( documentos, almoço,) 
Desconto de 50% para Associados da Associação Comercial do Porto, 
                                 Clube de Negócios Luso-Hispano-Guineense,
                                 Vida Económica 
                                Tabanca Pequena.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

P585 - RESTA-NOS A MEMÓRIA - FERNANDO DE SOUSA HENRIQUES

O Fernando Henriques partiu.
Um homem simples, alegre, comunicativo. Um homem que extravasava os seus bons sentimentos, os seus sonhos. 
Que vivia a vida com garra.
Partiu.
Fica-nos a memória que nos acompanhará até à eternidade.
Que o Senhor Deus o receba no seu seio.
Até sempre camarada
!
Zé Teixeira

"Cheio de Deus, não temo o que virá, pois venha o que vier, não será maior que a minha Alma".
Uma das frases de Pessoa, que estava no refeitório (julgo) dos Rangers, por isso acredito que tenha sido um dos últimos pensamentos de um amigo que partiu, e que conheci, numa viagem em 2010 com quem fiz (entre outros) uma viagem à Guiné. Viagem muito em descrita, que ele escreveu, e que lançou um dia destes, lançamento que eu assisti, seguido de um jantar com os companheiros dessa viagem. è a imagem que tenho dele. lágrimas, essas correram, quando recebi a tenebrosa noticia dada por outro Ranger (o MR)correram como não corriam há um bom tempo, lágrimas que já vão faltando, tantas tristes noticias que vamos tendo, pela partinda de muitos destes dinossauros da dita "Guerra Colonial".Mais um que partiu, mas cada um é "Um"cada um deixa a sua marca em cada um de nós, e o Fernando Henriques marcou-me e muito, pela sua generosidade, alegria, sinceridae, apaziguador, heroi, e camarada.
Que descanse em paz, que encontre um verdadeiro "Descanso do Guerreiro", que foi, como ouvi no lançamento do livro, e que me arrepiou de tanta coragem, em combate.
Adeus "Açoreano", todos perdemos com a tua Partida.
Teu camarada Ranger

José Casimiro Pereira de Carvalho.
ex fur mil OP/ESP

 Camaradas

Ainda não estou em mim ,pois pelas 17,30 recebi a triste notícia da morte do meu Amigo Fernando Henriques. Vai ficar sempre na minha memória. Quando vinha ao Continente almoçavamos sempre .
O seu BCaç. 3883 rendeu o meu BCav. 2922 em Pitche.
Estou de rastos , e as lágrimas rolam...
Não consigo dizer mais nada...
Descança em PAZ, meu GRANDE AMIGO...

Luís Borrega

Sendo o filho mais novo de uma família de 9 irmãos, começo, infelizmente a habituar-me a estas notícias.

Mais um de nós que parte.Curiosamente, São Paulo serve-se da figura do combatente para afirmar a sua fé:
«Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel.» 2 Tm 4,7

O Fernando, camarigo, lançou o seu último grito Ranger.

Paz à sua alma.

Fica nas minhas orações, com a sua família.

 Joaquim Mexia Alves

A notícia despedaçou-me o coração. Incrédulo,esforço-me por desatar este nó na garganta. Como é possível? Aquele camarada que conquistou o coração de todo o grupo que com ele viajou para a Guiné e que desses momentos deixou testemunho, partiu.
Só as lágrimas sentidas me servem de bálsamo.

ATÉ SEMPRE MEU AMIGO HENRIQUES


José Martins Rodrigues

Nunca estamos preparados para receber estas noticias.

Não querendo acreditar em tal, fiz vários contactos na esperança de alguém me dizer que não era verdade, mas o pior confirmou-se.

Companheiro obrigado pelos momentos fantásticos que me proporcionaste, o teu humor e alegria era contagiante.

Descança em paz Amigo..... e até um dia.


Eduardo Campos

terça-feira, 16 de agosto de 2011

P582 - AS CRÓNICAS DO ZÉ RODRIGUES

CRÓNICAS DAS MINHAS VIAGENS À GUINÉ-BISSAU
A PRIMEIRA VIAGEM – 1998
 
8 – Último dia nos Bijagós, em Bissau e na Guiné, ….. até um dia destes.
 
Eram as últimas horas em Bubaque e o retorno a Bissau, com a amarga sensação de que estes dias memoráveis na Guiné estavam a chegar ao fim. Como o voo para Bissau seria logo após o almoço, levantamo-nos bem cedo para desfrutarmos de mais umas horas na pequena, mas acolhedora piscina de água salgada. Foi uma manhã muito agradável, na companhia do jovem casal de noivos, e esticada até ao limite do possível antes do apronto final das bagagens e do último almoço nesta ilha. Enquanto nos deliciávamos com uns mergulhos, apercebemo-nos da chegada do avião que nos levaria de regresso a Bissau. 
 Últimos momentos em Bubaque
Acabado o almoço, na companhia de todos os hóspedes, ficamos aguardar ainda algum tempo que nos transportassem até à “pista” porque a tripulação da aeronave teria ido almoçar a outro lugar. Durante a espera dei comigo a pensar que, exceptuando-se as semelhanças da natureza no interior da ilha, esta sociedade animista, fortemente baseada na influência das mulheres, não tinha qualquer registo nas minhas memórias. Esta estadia em Bubaque mostrou-me também uma outra realidade. Conheci uma Guiné que não se sente prisioneira de memórias da guerra, tal como é latente em qualquer pequeno rincão e nos habitantes do seu espaço continental. Pensamentos! E por falar em pensamentos, é inevitável que nos assaltem alguns receios quanto ao voo para Bissau, já que não é fácil esquecer o atribulado episódio da aterragem que até aqui nos trouxera. Mas, como não havia alternativa, só nos restava confiar nos homens e na máquina. De novo no jipe lá seguimos a caminho da “gare”, uma pequena construção de tijolos e chapa de zinco, uma torradeira aquela hora do dia para quem se atrevesse a ficar lá dentro. Aqui chegados, fomos surpreendidos pela presença de dois aviões estacionados. Um, era naturalmente o nosso já conhecido velhinho biplano, e o outro era um pequeno mas moderno, elegante e colorido aparelho em que predominava o azul e branco. Perante a nossa admiração, o condutor do jipe informou-nos de que o aparelho pertenceria ao casal homossexual, que eram também hóspedes do hotel. Chegara a hora da partida. Para além de nós e da tripulação, embarcaram também dois outros europeus que não conhecíamos, sendo um deles bastante “robusto” e que nos disse depois que era o proprietário do aparelho. Motores em marcha para o aquecimento e feitas as verificações finais o aparelho começa a mover-se lentamente, quando se gera algum burburinho a bordo. Alguém se terá apercebido de que uma nova passageira, que em marcha acelerada se dirigia para o aparelho, fazia sinais para que esperassem por ela. Imobilizado o aparelho, a senhora guineense bastante cansada e ofegante lá subiu e se acomodou num dos lugares ainda vagos. Este episódio fez-me lembrar situações semelhantes que acontecem na minha cidade com os transportes públicos. Tudo resolvido e o avião faz-se à pista. A descolagem decorreu normalmente e o avião deixa Bubaque, sobrevoando a praia que frequentamos e a ilha de Rubane. Calados, expectantes e ansiosos, rogamos aos céus para que tudo corresse bem. Os últimos minutos da aproximação a Bissalanca foram de alguma turbulência mas, apesar disso, o aparelho tocou a pista com suavidade. Respiramos fundo. Com a recordação sempre presente da aterragem em Bubaque, exclamamos: desta já nos safamos. Seriam cerca das 15 horas e aqui o calor apertava. Na gare, para além dos ocupantes do aparelho, não se via uma só pessoa. De malas nas mãos dirigimo-nos para a praça defronte da gare para se arranjar um táxi que nos levasse até ao Hotti Bissau. Também aqui era o vazio. Percebi que havia falhado ao imaginar que esse elementar serviço num qualquer aeroporto estaria sempre disponível. Estava-mos a conhecer a realidade guineense e a “saborearmos” mais um dos encantos da África. O proprietário do aparelho, atento e percebendo o desconforto da situação em que nos encontrávamos, apressou-se a oferecer-nos boleia na sua viatura que estaria a chegar. Deixou-nos depois no hotel, desta feita por poucas horas. Aqui instalados, fizemo-nos à magnífica piscina para um resto de tarde de relaxe e da contemplação do bonito enquadramento em que estava integrada. 
 A banhos na piscina do Hotti Bissau
Momentos de relaxe na piscina
Outros europeus, sobretudo cooperantes, eram a nossa companhia neste hotel que era um pequeno paraíso neste pobre, mas único país. Programamos para marcar o fim da nossa estadia, um jantar no restaurante do hotel e convidamos o Candé a partilhá-lo connosco, aquele a quem passamos a considerar como Amigo e que muito contribuiu para o sucesso desta viagem. 
 Saída da piscina para os preparativos para o último jantar
Depois do prolongado jantar era a hora do transporte para o aeroporto, com uma paragem no Lusófono para uma última bebida antes do regresso a casa. 
 Paragem no Lusófono antes de embarcar
O avião partiu com o meu coração muito apertadinho por tantas emoções, mas de uma coisa eu tinha a certeza; voltarei um dia.
Senti que uma semana é sempre muito pouco tempo para um primeiro retorno à terra em que vivemos uma parcela da nossa juventude, aquela fase da vida em que escolhemos e confirmamos as nossas opções para o futuro. Mas apesar disso, e como escreveu um dia a esposa de um amigo, nesta terra é possível num só dia lançar a semente à terra, ver crescer a planta e colher as suas flores. É assim nesta terra, os dias parecem imensos e vive-se docemente sem o stress da vida agitada da nossa sociedade.
 Aqui, são tantas e tão intensas as emoções que nos envolvem e tão grande o choque com as realidades sociais e humanas, que acabamos por crescer e a aceitar o mundo com as suas diferenças e aprendemos a ser mais tolerantes e solidários. Por isso, quando se vem à Guiné é indispensável trazer na bagagem uma atitude mental de disponibilidade para se aceitar as realidades que vamos encontrar. Não devemos comparar nada. Não comparem os preços nem as condições de higiene, não comparem a qualidade dos transportes nem a qualidade de vida. Não comparem nada, mesmo nada. E sobretudo, aceitem e respeitem os diferentes usos e costumes das diferentes etnias. Não se vem à Guiné para se provar nada. O que aqui me trouxe foi a procura das minhas memórias, dos lugares, das imagens e dos interlocutores das vivências do meu passado. Vim ao encontro da minha juventude. Em troca, recebi afectos que julgava perdidos e as mais efusivas demonstrações de amizade, de respeito e até de gratidão. Vá-se lá encontrar a explicação para esses sentimentos. Talvez até nem seja difícil.
Como algo fica sempre por fazer ou por ver, como a não concretização do ansiado encontro com Galé Djaló, voltarei um dia de coração ainda mais aberto, para rever esta terra e as suas gentes. Para os que me acompanharam nesta viagem, em especial a minha esposa que da Guiné só guardava os aerogramas do nosso tempo de namorados, todos ficaram maravilhados com o povo Guineense.
Abençoada viagem
Neste momento, em que alinhavo os últimos retoques para dar por finda esta série (8) “CRÓNICAS DAS MINHAS VIAGENS Á GUINÉ - A MINHA PRIMEIRA VIAGEM – 1998”, preparo-me para iniciar os contactos para voltar á Guiné em 2012, na minha quarta viagem.
A seu tempo, para não correr o risco de ser repetitivo, vos darei um resumo dos momentos mais interessantes do conjunto das posteriores visitas e, por considerar que é no relato da primeira viagem que reside o maior encanto e a magia do reencontro com um passado, que é património da personalidade de cada um de nós.   
 Zé Rodrigues