domingo, 12 de julho de 2009

P203-O que diz o Carlos Vinhal




Caros Camaradas
Face ao Poste 200 da Tabanca de Matosinhos, dirigi a mensagem abaixo ao autor do referido Poste, não tendo obtido resposta. Também não vi esta minha mensagem publicada, o que aceito como legítimo, pois acho que os administradores da Blogue é que sabem o que é não publicável.
Porventura os meus amigos já saberão do conteúdo da mensagem pois terá sido assunto de conversa entre vós. Sendo assim e lendo agora o Poste 202, acho que o Marques Lopes procura polémica onde não a há. Quando nós nos dirigimos ao Matosinhos Hoje, foi para rebater um acontecimento onde este jornal esteve em reportagem, logo a Tabanca de Matosinhos não era perdida nem achada neste caso.
Quanto ao contarmos com a vossa colaboração futuramente, ficou expresso no meu mail abaixo, será sempre bem-vinda. Estimando em 10% os frequentadores de Matosinhos na vossa Tabanca, (ou estarei enganado?), não lhe retirando mérito, muito antes pelo contrário, enquanto associação de ex-combatentes do Concelho, desculpai, mas ponho as minhas reticências.
Reparem que quis endereçar esta minha mensagem aos Matosinhenses da Tabanca de Matosinhos e encontrei o Álvaro Basto, o Teixeira, o Marques Lopes, o Custóias, o Silvério, (desconheço se tem mail) e talvez o Jaime Machado. Se houver mais algum camarada, por favor façam-lhe chegar esta minha mensagem com os meus pedidos de desculpas.
Todos, somos poucos nesta luta pelo direito a um monumento a nível de Concelho, e por que não a nível de freguesia, no sentido fazer lembrar o nosso esforço na guerra colonial.
Com um enorme abraço fraterno
Carlos Vinhal
(pelo grupinho)
OBS:-Em anexo uma foto destinada especialmente ao camarada Marques Lopes, tirada pelo Ribeiro Agostinho, no ano passado no Encontro de Matosinhos. O Marques Lopes está ladeado por Rafael Assunção e António Folha, dois ex-combatentes do Concelho de Matosinhos, julgo que não frequentadores da Tabanca Pequena.
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Caro Camarada Marques Lopes
Lido o teu poste P200 - Notícia, da Tabanca de Matosinhos, sou a expôr o seguinte:
Em 2007, o grupinho formado por António Maria, José Oliveira, Ribeiro Agostinho e Carlos Vinhal, todos ex-combatentes da Guiné, resolveu organizar o I Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, no qual participaram 55 ex-militares.
O mesmo grupinho organizou os Encontros de 2008 - 96 participantes e 2009 - 107 participantes.
Também em 2007, o mesmo grupinho, com a colaboração da Junta de Freguesia de Leça da Palmeira e da Liga dos Combatentes, conseguiu que se colocasse uma placa alusiva à Guerra Colonial no Memorial da Liga, existente no cemitério n.º 1, assim como uma placa com os nomes dos militares da freguesia mortos em campanha. Houve um cerimónia de descerramento das ditas placas, no dia 10 de Junho do mesmo ano, com a presença de um representante da Liga dos Combatentes, Presidente da Junta de Freguesia de Leça da Palmeira e inúmeros ex-combatentes acompanhados de seus familiares. Foi comovente a presença de familiares dos militares falecidos constantes na placa evocativa.
A partir dessa data, todos os anos, no dia 10 de Junho, no mesmo local, há uma singela homenagem aos leceiros falecidos na Guerra Colonial.
Aproveitando estas iniciativas, o mesmo grupinho começou a pressionar por carta e pessoalmente o Presidente da Câmara de Matosinhos, no sentido de se construir, algures no Concelho, um Memorial aos militares mortos na Guerra Colonial, assim como um Monumento, nome de Rua, etc, que lembrasse o esforço dos matosinhenses naquela guerra.
Se o meu estimado camarada Marques Lopes estivesse presente no nosso almoço deste ano, do qual lhe foi dado conhecimento pelo Ribeiro Agostinho, ouviria da boca do Presidente da Câmara, convidado de honra assim como o senhor General Carlos Azeredo também presente, a notícia de que iria ser eregido um monumento aos mortos do grande naufrágio de 1947 e aos mortos do Concelho de Matosinhos da Guerra Colonial, junto ao futuro Tanatório de Matosinhos, a inaugurar brevemente, anexo ao cemitério de Sendim.
A notícia que retiraste do jornal Matosinhos Hoje, tem a ver com a nossa reacção a algumas afirmações menos correctas de camaradas que não tendo feito ainda nada, discordam daqueles que já fizeram alguma coisa. Alguém disse em pleno cemitério, no dia 10 de Junho deste ano, que jamais querem ver os nomes dos leceiros no dito memorial de Sendim. Só não sabemos se concordam que os mesmos nomes constem no Memorial existente em Lisboa, bem mais distante de Leça da Palmeira. Por outro lado defendem um Memorial em Leça da Palmeira, porque do Porto de Leixões teriam saído contigentes de tropas com destino ao Ultramar. Fui funcionário da Administração do Portos do Douro e Leixões entre 1966 e 2000, e nunca vi nenhum contigente de tropas a embarcar deste Porto.
Às afirmações que fazes, utilizando o meu nome, não respondo.
Por último, com muito gosto daremos informações das nossas futuras iniciativas como grupinho, contando com a prestimosa colaboração da Tabanca de Matosinhos. Se não te importas serás o nosso interlocutor priveligiado.
Junto uma fotografia do II Encontro de Matosinhos, no qual tivemos a subida honra da tua presença, onde poderás identificar os quatro elementos do grupinho.
Junto outra foto do Encontro deste ano, onde se vê o Ribeiro Agostinho no uso da palavra. Ao seu lado direito o Presidente da Câmara de Matosinhos e o senhor General Carlos Azeredo.
Se quiseres publicar esta mensagem no vosso Blogue muito me honra.
Deixo-te um abraço fraterno, extensivo aos camaradas frequentadores do Milho Rei.
O teu camarada e amigo
Carlos Vinhal

Tudo bem. Cada um sua opinião. Só duas observações:
- quando falei em "grupinho" não tive nenhuma intenção depreciativa, é só porque eram quatro
- é verdade que fui contactado para o encontro deste ano, mas disse, e foi o facto, que estava em Lisboa na altura e não podia ir (quem me contactou pode testemunhar isso). Não sabia, mas se tivesse sabido com antecedência que estaria o Presidente da Câmara de Matosinhos tinha dito logo que não iria lá. Porque não vejo razão da presença de personalidades políticas que nada têm a ver com um encontro de gente que combateu na Guiné. Assim penso eu, claro. Outros pensarão diferente. A fotografia onde estou com aqueles camaradas que estiveram também em Barro, onde eu estive, é do ano passado. Nessa altura foi bom, e nenhum político apareceu para se aproveitar... A. Marques Lopes

1 comentário:

  1. Caro Marques Lopes e restantes camaradas da Tabanca de Matosinhos.
    Agradeço desde já a publicação das minhas mensagens dirigidas à Tabanca de Matosinhos.
    Confesso que discordei da presença de um político no nosso almoço deste ano, mas submeti-me à vontade da maioria. Por outro lado, temos que conciliar interesses, as nossas pretensões e a vontade de agradar do Presidente.
    No entanto, para não haver acusações de qualquer ordem, futuramente será sempre convidado o Edil da Câmara, seja ele quem fôr. Caro Marques Lopes espero que isto não seja impedimento para a tua presença. Sinceramente o digo.
    Resta-me deixar um abraço extensivo aos frequentadores da tertúlia da Tabanca de Matosinhos, matosinhenses ou não, todos dignos do meu apreço e amizade.
    Vosso camarada e amigo
    Carlos Vinhal

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